Sexta, 16 Maio 2014 16:07

Palmas é criada entre a serra do Lajeado e o rio Tocantins, em 1989

Palmas surge em 1989, logo após a criação do Tocantins, por meio da Constituição de 1988. A cidade, que teve o nome escolhido em homenagem à comarca de São João da Palma, sede do primeiro movimento separatista do norte goiano, e também pela grande quantidade de palmeiras na região, apesar da pouca idade é marcada por vários acontecimentos históricos.

Kátia lembra que criação da capital foi de muita expectativa (Foto: Arquivo Pessoal)Kátia lembra que criação da capital foi de muita
expectativa (Foto: Arquivo Pessoal)

A historiadora e professora da Universidade Federal do Tocantins (UFT), doutora Kátia Maia Flores, retornou a Porto Nacional, em março de 1987, quando era professora de história da Faculdade de Filosofia do Norte Goiano, além de militante político-partidário. Ela lembra que os momentos após a criação do Tocantins foram de grandes expectativas e muita agitação em todo estado. As conversas giravam em torno de onde seria a sede da capital.

Miracema do Tocantins foi a cidade escolhida para sediar a capital provisória. No local, foi abrigada toda a estrutura político-administrativa do novo estado. Na época, três cidades disputavam o desejo de abrigar a capital do novo estado: Porto Nacional, Gurupi e Araguaína. “Porto Nacional, cidade histórica e de tradição cultural foi importante centro na luta pela criação do estado. Por outro lado, Gurupi, ao centro, e Araguaína, no norte, representavam a pujança econômica através da força da agropecuária”, explica a historiadora.

A escolha da capital, segundo Kátia, caiu como um banho de água fria na disputa entre as cidades. “A decisão sobre o lugar que abrigaria a capital definitiva recaiu, sem qualquer discussão com a população, sobre o então governador Siqueira Campos. Segundo a imprensa da época, após alguns sobrevoos sobre a região central do Tocantins, o então governador decidiu sobre a área da nova capital”, conta a historiadora, afirmando que apesar da frustração, a população do estado queria também seu 'quinhão'. “As esperanças de emprego, oportunidades eram latentes naquele momento, e era o que a população mais queria.”

Estação Rodoviária de Palmas em 1992 (Foto: Márcio Di Pietro/Arquivo Secom)Estação Rodoviária de Palmas em 1992 (Foto: Márcio Di Pietro/Arquivo Secom)

Com a decisão tomada, no dia 20 de maio de 1989 foi lançada a pedra fundamental da nova capital. “No meio do cerrado, comprimida pelo rio Tocantins de um lado e da Serra do Lajeado do outro. Na área demarcada para a nova capital, encontrava-se o povoado do Canela”, lembra, ressaltando que, em 1º de janeiro de 1990, “com o mínimo de infraestrutura” a capital foi definitivamente instalada em Palmas, e a sede do governo do estado foi transferida para a nova capital.

Já em relação ao poder executivo e legislativo da capital, Kátia diz que foram “forjados” com a incorporação do recém emancipado município de Taquaruçu a Palmas, e sua transformação em distrito, através da Lei nº 28/89 de 29 de dezembro de 1989, "sendo então o primeiro prefeito de Palmas, Fenelon Barbosa, eleito por Taquaruçu."

Definido o local da nova capital, a historiadora diz que a a área foi cercada com cercas de arame e uma guarita foi instalada para coibir a entrada ou invasões ao local. “Foi assim que vi Palmas pela primeira vez – por detrás de uma cerca – e foi naquele momento que decidi que era naquele lugar que eu construiria minha história.”

Fonte: http://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2014/05/palmas-e-criada-entre-serra-do-lajeado-e-o-rio-tocantins-em-1989.html

Olá! Clique em um dos nossos colaboradores para iniciar uma conversa pelo WhatsApp ou envie um email para icogesp@icogesp.com.br

WhatsApp
Close and go back to page